Abstract
O presente trabalho visa aprofundar o debate em torno da exploração dos terrenos baldios na região de Trás-os-Montes. A cronologia de análise incide, grosso modo, entre finais do Antigo Regime e a Revolução Liberal. Atendendo à considerável extensão de terrenos baldios que caracteriza, genericamente, a paisagem transmontana neste período histórico, quais os modelos de organização social adotados pelas comunidades rurais com vista ao seu aproveitamento? O objetivo central deste estudo prende-se com a análise da forma como a criação de gados e a atividade agrícola se desenvolviam paralelamente nestes espaços. Pretende-se assim determinar as principais culturas – de acordo com a sua distribuição territorial pela província –, assim como as diferentes formas de administração dos baldios por parte dos concelhos, designadamente no que concerne ao regime de fruição dos mesmos.
Alude-se igualmente para o pensamento económico de alguns autores – produzido, fundamentalmente, na transição entre o século XVIII e o século XIX – sobre as implicações que resultam da existência dos baldios nesta região. Atendendo, de resto, às reformas administrativas em consequência da Revolução Liberal, o nosso objetivo visa perceber, em traços gerais, quais as políticas implementadas pelas cortes constituintes com respeito aos baldios e, consequentemente, quais as repercussões manifestadas em Trás-os-Montes à luz destas medidas.
Partindo da informação recolhida em corografias, descrições geográficas e memórias económica – a par da cartografia existente e de outros registos empreendidos no período anterior e subsequente – sabemos que se verificou uma diminuição do número de terrenos baldios no final de setecentos. À época, autores como José António de Sá (1756-1819) alertavam inclusivamente para a necessidade de cultivar os baldios, justificando que estes seriam uma das principais causas do atraso económico em Trás-os-Montes.
Alude-se igualmente para o pensamento económico de alguns autores – produzido, fundamentalmente, na transição entre o século XVIII e o século XIX – sobre as implicações que resultam da existência dos baldios nesta região. Atendendo, de resto, às reformas administrativas em consequência da Revolução Liberal, o nosso objetivo visa perceber, em traços gerais, quais as políticas implementadas pelas cortes constituintes com respeito aos baldios e, consequentemente, quais as repercussões manifestadas em Trás-os-Montes à luz destas medidas.
Partindo da informação recolhida em corografias, descrições geográficas e memórias económica – a par da cartografia existente e de outros registos empreendidos no período anterior e subsequente – sabemos que se verificou uma diminuição do número de terrenos baldios no final de setecentos. À época, autores como José António de Sá (1756-1819) alertavam inclusivamente para a necessidade de cultivar os baldios, justificando que estes seriam uma das principais causas do atraso económico em Trás-os-Montes.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Paisagens culturais |
Subtitle of host publication | heranças e desafios no território. Atas do VIII Congresso de Estudos Rurais & VIII Encontro Rural RePort |
Editors | Orlando Simões |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais (SPER) |
Pages | 238-249 |
Number of pages | 12 |
ISBN (Print) | 978-972-96347-5-8 |
Publication status | Published - 2021 |
Event | VIII Congresso de Estudos Rurais & VIII Encontro Rural RePort - Ponte de Lima, Portugal Duration: 5 Dec 2019 → 7 Dec 2019 |
Conference
Conference | VIII Congresso de Estudos Rurais & VIII Encontro Rural RePort |
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Country/Territory | Portugal |
City | Ponte de Lima |
Period | 5/12/19 → 7/12/19 |
Keywords
- Baldios
- Trás-os-Montes
- Agricultura
- Pastagem
- Comunidades rurais