Abstract
Muito se tem escrito sobre a emblemática do rei D. Manuel I. O que não espanta: por um lado, este reinado revelou-se particularmente pródigo em manifestações heráldicas disseminadas pelo conjunto de territórios colocados sob a autoridade do soberano português; por outro lado, a fórmula tríplice desta sua emblemática, formada pela conjugação das armas reais, da empresa da esfera armilar e da cruz da ordem de Cristo, influenciou de forma duradoura a simbólica da Coroa, vindo a ser posteriormente aplicada à do Estado e à da nação. Muito se tem escrito sobre a emblemática do rei D. Manuel I. O que não espanta: por um lado, este reinado revelou-se particularmente pródigo em manifestações heráldicas disseminadas pelo conjunto de territórios colocados sob a autoridade do soberano português; por outro lado, a fórmula tríplice da sua emblemática, formada pela conjugação das armas reais, da empresa da esfera armilar e da cruz da ordem de Cristo, influenciou de forma duradoura a simbólica da Coroa, vindo a ser posteriormente aplicada à do Estado e à da nação. A presente comunicação procura indagar sobre a natureza da emblemática manuelina enquanto forma de auto-representação do monarca e de comunicação política. Não apenas no sentido usual de interpretar a heráldica como espelho ou representação simbólica do poder, mas procurando antes entendê-la enquanto instrumento concreto de afirmação e de consubstanciação desse mesmo poder. Numa relação intrínseca com todo os recursos artísticos e arquitectónicos a que o monarca lançou mão com similar intuito.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Vi o Reino renovar |
Subtitle of host publication | Arte no tempo de D. Manuel I |
Editors | Joaquim Oliveira Caetano, Rosa Azevedo, Rui Manuel Loureiro |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) |
Pages | 62-75 |
Number of pages | 13 |
ISBN (Print) | 978-972-27-2946-8 |
Publication status | Published - 2021 |
Keywords
- Iconography of power
- Heraldry
- Heritage