Abstract
O processo de disciplinarização da Literatura Angolana é aqui abordado no quadro analítico de uma história disciplinar que, partindo da situação colonial, destaca a agência das elites nativas angolanas e sua reações contra o cânone literário colonial português e, consequentemente, a produção de contra-cânones e contra-literaturas através de um discurso coerente que configura a formação de uma modernidade alternativa. Semelhante exercício convoca o conceito de angolanidade arquitópica numa dialética de discursos legitimadores que o opõe ao conceito de crioulidade.
Deste modo, reconhece-se a Literatura angolana enquanto objecto de um
conhecimento proposicional de que deriva, por um lado, o seu estatuto epistemológico, escolar e académico, por outro lado, os fundamentos do cânone literário angolano. Portanto, faz-se a advocacia de uma legitimação da crítica aos modelos dominantes de ensino e investigação da Literatura Angolana, entendida esta numa perspetiva holística, compreendendo a institucionalidade das literaturas orais em línguas nacionais.
Deste modo, reconhece-se a Literatura angolana enquanto objecto de um
conhecimento proposicional de que deriva, por um lado, o seu estatuto epistemológico, escolar e académico, por outro lado, os fundamentos do cânone literário angolano. Portanto, faz-se a advocacia de uma legitimação da crítica aos modelos dominantes de ensino e investigação da Literatura Angolana, entendida esta numa perspetiva holística, compreendendo a institucionalidade das literaturas orais em línguas nacionais.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 49-103 |
Number of pages | 54 |
Journal | Revista de Estudos Literários |
Volume | 5 |
Publication status | Published - 2015 |
Keywords
- Literatura Angolana
- Disciplinarização
- Cânone literário
- Discurso legitimador
- Estatuto epistemológico
- Angolanidade literária