Abstract
Aproximadamente desde a mudança do milênio, tem havido um número crescente de festivais de música lusófonos dentro e fora dos países de língua portuguesa. Curiosamente, estes encontros interculturais trouxeram progressivamente para o palco tanto as músicas tradicionais por músicos migrantes, como misturas musicais por descendentes de migrantes. Quem
são os músicos que circulam nestes festivais de música, e será que as suas performances permitem representações positivas de diferença étnica num contexto diaspórico? Esta apresentação pretende responder a essas perguntas por meio da reconstrução de uma rede transnacional de festivais de música a partir de uma perspectiva lusófona. Os fluxos migratórios, a era digital e
a indústria das músicas do mundo [world music] têm implicado uma revisão das percepções estereotipadas da música como marcadores de identidade nacionais, enquanto também têm questionado a hegemonia de músicas institucionalizadas sobre expressões musicais híbridas. Defendo que a presença crescente de músicos migrantes num contexto diaspórico pode ser útil para reflectir sobre processos de etnicidade em relação ao nacionalismo. Visto que os festivais podem ser analisados como locais influentes de socialização e negociação que transcendem fronteiras nacionais, também sustento que estes encontros interculturais podem contribuir para a construção de uma comunidade lusófona
transnacional que se baseia na ideia de ‘etnicização positiva’, negociando e transformando antigas marcas coloniais em novas representações globais através da música.
são os músicos que circulam nestes festivais de música, e será que as suas performances permitem representações positivas de diferença étnica num contexto diaspórico? Esta apresentação pretende responder a essas perguntas por meio da reconstrução de uma rede transnacional de festivais de música a partir de uma perspectiva lusófona. Os fluxos migratórios, a era digital e
a indústria das músicas do mundo [world music] têm implicado uma revisão das percepções estereotipadas da música como marcadores de identidade nacionais, enquanto também têm questionado a hegemonia de músicas institucionalizadas sobre expressões musicais híbridas. Defendo que a presença crescente de músicos migrantes num contexto diaspórico pode ser útil para reflectir sobre processos de etnicidade em relação ao nacionalismo. Visto que os festivais podem ser analisados como locais influentes de socialização e negociação que transcendem fronteiras nacionais, também sustento que estes encontros interculturais podem contribuir para a construção de uma comunidade lusófona
transnacional que se baseia na ideia de ‘etnicização positiva’, negociando e transformando antigas marcas coloniais em novas representações globais através da música.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | IV Congresso Internacional em Estudos Culturais |
Subtitle of host publication | Colonialismos, Pós-Colonialismos e Lusofonias |
Editors | Maria Manuel Baptista, Sara Vidal Maia |
Place of Publication | Aveiro |
Publisher | Programa Doutoral em Estudos Culturais |
Pages | 449-456 |
Number of pages | 8 |
ISBN (Print) | 978-989-98219-1-0 |
Publication status | Published - 1 Jan 2014 |
Event | IV Congresso Internacional em Estudos Culturais - Aveiro, Portugal Duration: 28 Apr 2014 → 30 Apr 2014 |
Conference
Conference | IV Congresso Internacional em Estudos Culturais |
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Country/Territory | Portugal |
City | Aveiro |
Period | 28/04/14 → 30/04/14 |