TY - JOUR
T1 - A construção da imagem de Camões como herói da pátria
AU - Gomes , António Martins
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UIDB/04666/2020
UIDP/04666/2020
PY - 2025/8
Y1 - 2025/8
N2 - Em 1825, há precisamente 200 anos, Almeida Garrett publicou o poema Camões. No ano em que prosseguem as comemorações do quinto centenário do nascimento do poeta Luís de Camões, não podemos deixar de lhe juntar a memorável efeméride do segundo centenário da publicação da obra inaugural do Romantismo em Portugal, e que marca, em simultâneo, a reabilitação cultural do poeta-soldado renascentista. Com efeito, se não fosse Camões, que outro autor teria o romantismo português elegido como mito patriótico e herói supremo da nação? Inspirou autores, artistas e políticos, o poder liberal erigiu-lhe uma estátua em Lisboa e, em 1880, as suas ossadas foram trasladadas para o Mosteiro dos Jerónimos, com as de Vasco da Gama, o grande herói da epopeia camoniana. Ao longo dos dois últimos séculos, Camões tem sido o autor mais usado pelas diversas forças político-partidárias, tanto em regime monárquico como republicano, e o seu exemplo supremo de patriotismo levou os mais diversos autores e artistas a representar e a divulgar alguns episódios da sua vida, tendo sido crescentemente sob as mais variadas formas de arte, como é o caso da literatura, da pintura, da música ou da escultura. Em pleno século XXI, Camões continua a ser uma sinédoque de Portugal e uma marca incontornável da cultura portuguesa.
AB - Em 1825, há precisamente 200 anos, Almeida Garrett publicou o poema Camões. No ano em que prosseguem as comemorações do quinto centenário do nascimento do poeta Luís de Camões, não podemos deixar de lhe juntar a memorável efeméride do segundo centenário da publicação da obra inaugural do Romantismo em Portugal, e que marca, em simultâneo, a reabilitação cultural do poeta-soldado renascentista. Com efeito, se não fosse Camões, que outro autor teria o romantismo português elegido como mito patriótico e herói supremo da nação? Inspirou autores, artistas e políticos, o poder liberal erigiu-lhe uma estátua em Lisboa e, em 1880, as suas ossadas foram trasladadas para o Mosteiro dos Jerónimos, com as de Vasco da Gama, o grande herói da epopeia camoniana. Ao longo dos dois últimos séculos, Camões tem sido o autor mais usado pelas diversas forças político-partidárias, tanto em regime monárquico como republicano, e o seu exemplo supremo de patriotismo levou os mais diversos autores e artistas a representar e a divulgar alguns episódios da sua vida, tendo sido crescentemente sob as mais variadas formas de arte, como é o caso da literatura, da pintura, da música ou da escultura. Em pleno século XXI, Camões continua a ser uma sinédoque de Portugal e uma marca incontornável da cultura portuguesa.
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