Abstract
A partir de 1990, a terceira vaga de democratização chega à África subsariana, resultando na introdução de eleições (mais) livres e (mais) justas enquanto processo de recrutamento da elite política. Não obstante esta novidade, esta tendência nem sempre implicou a mudança da elite política e, mesmo quando existiu mudança, o incumbente ganha mais eleições do que perde. Este padrão é surpreendente quando comparado com outras regiões de democratização recente, como a América do Sul ou a Europa do Leste, onde as eleições normalmente resultam na mudança da elite no poder. Esta dissertação pretende discutir por que razão o processo eleitoral tem sido mais favorável à manutenção da elites no poder do que a sua substituição, investigando dois tópicos frequentemente associados com o estudo desta região: o voto étnico e o neopatrimonialismo. Este estudo será baseado numa comparação do processo eleitoral em cinco países africanos e será centrado em duas dimensões distintas. A primeira dimensão é o resultado eleitoral e será testada a ocorrência do voto étnico. A segunda dimensão é o próprio processo eleitoral, e nesta será investigado de que forma é que as elites políticas no poder interagem com as eleições e com a campanha que as precede. Através de um estudo empírico comparado, esta dissertação tenta observar de que forma é que estas duas variáveis afectam a competição eleitoral e como interagem entre si.
Original language | Portuguese |
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Qualification | Master of Philosophy |
Awarding Institution |
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Supervisors/Advisors |
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Award date | 1 Jun 2012 |
Publication status | Published - 2012 |
Keywords
- Eleições
- Voto Étnico
- Neopatrimonialismo
- África Subsariana