Abstract
A partir de 1907, o escritor brasileiro João do Rio cria e assina regularmente a coluna “Cinematógrafo”, onde já revelara o olhar aguçado que tinha sobre a cidade do Rio de Janeiro. Em sua obra, a crônica ganha a força da imagem. É como se o escritor fizesse instantâneos da realidade. A cidade é o cenário, onde cada espectador tem um papel a protagonizar, inclusive o próprio cronista. Por isso, ninguém melhor que ele retratou o Rio de Janeiro do primeiro quartel do século xx. O cronista viveu intensamente a Belle Époque carioca e por meio de suas atividades como escritor e jornalista ajudou a configurá-la. Sua obra é um valioso registro das transformações socioculturais que pontuaram a transição do Império para a República na então Capital Federal. Caso do livro a Alma Encantadora das Ruas, de onde extraímos para análise o texto “O que se Vê nas Ruas”. Essa crônica é um bom retrato, não apenas do que se lia nos primeiros anos da República, mas como se dava essa importante circulação de impressos.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 316-335 |
Number of pages | 11 |
Journal | Revista Livro: Revista do núcleo de Estudos do Livro e da Edição |
Volume | 4 |
Publication status | Published - 3 Mar 2015 |
Keywords
- História da edição
- João do Rio
- Literatura Brasileira
- Belle époque brasileira