Abstract
Após a implantação do regime liberal, a produção organeira em Portugal –
particularmente prolífica entre o último quartel do século XVIII e a segunda
década do século XIX – conheceu um período de declínio. Comparativamente
à fase final do Antigo Regime, na qual se disseminaram por todo o país
(inclusivamente nos Açores) órgãos de tipologia portuguesa de organeiros de
referência como Joaquim António Peres Fontanes e António Xavier Machado e
Cerveira, a actividade organeira da segunda metade de Oitocentos em território
continental cingiu-se, praticamente, à importação de instrumentos estrangeiros
ou de componentes de instrumentos de estética estrangeira para montagem em
Portugal, apartando-se assim da tradição portuguesa de final de Setecentos.
Nos Açores, além de uma vintena de órgãos daqueles organeiros que ainda
subsiste, há um significativo número de órgãos assinados por construtores
residentes nas ilhas, na segunda metade do século XIX, moldados na estética
barroca portuguesa tardo-setecentista de Peres Fontanes e Machado e
Cerveira. Estes órgãos surgem num tempo em que, paradoxalmente, o espírito
do Romantismo já tinha penetrado na expressão artística portuguesa. De entre
os construtores residentes nos Açores destaca-se o padre Joaquim Silvestre
Serrão, pela importância da sua acção em diferentes domínios artísticos.
particularmente prolífica entre o último quartel do século XVIII e a segunda
década do século XIX – conheceu um período de declínio. Comparativamente
à fase final do Antigo Regime, na qual se disseminaram por todo o país
(inclusivamente nos Açores) órgãos de tipologia portuguesa de organeiros de
referência como Joaquim António Peres Fontanes e António Xavier Machado e
Cerveira, a actividade organeira da segunda metade de Oitocentos em território
continental cingiu-se, praticamente, à importação de instrumentos estrangeiros
ou de componentes de instrumentos de estética estrangeira para montagem em
Portugal, apartando-se assim da tradição portuguesa de final de Setecentos.
Nos Açores, além de uma vintena de órgãos daqueles organeiros que ainda
subsiste, há um significativo número de órgãos assinados por construtores
residentes nas ilhas, na segunda metade do século XIX, moldados na estética
barroca portuguesa tardo-setecentista de Peres Fontanes e Machado e
Cerveira. Estes órgãos surgem num tempo em que, paradoxalmente, o espírito
do Romantismo já tinha penetrado na expressão artística portuguesa. De entre
os construtores residentes nos Açores destaca-se o padre Joaquim Silvestre
Serrão, pela importância da sua acção em diferentes domínios artísticos.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Arte, Cultura e Património do Romantismo |
Subtitle of host publication | Actas do 2.º Colóquio “Saudade Perpétua” |
Editors | Francisco Queiroz |
Place of Publication | Porto |
Publisher | CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade |
Pages | 133-152 |
Number of pages | 20 |
ISBN (Electronic) | 978-989-8434-46-3 |
Publication status | Published - 2018 |
Event | 2º Colóquio "Saudade Perpétua" - Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, Ponta Delgada, Portugal Duration: 28 Sept 2018 → 30 Sept 2018 |
Conference
Conference | 2º Colóquio "Saudade Perpétua" |
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Country/Territory | Portugal |
City | Ponta Delgada |
Period | 28/09/18 → 30/09/18 |
Keywords
- Órgãos históricos dos Açores
- séc. XIX
- Joaquim Silvestre Serrão