TY - CHAP
T1 - Ética periodística en la cobertura mediática del incendio de Pedrógão Grande (Portugal) el verano de 2017
AU - Silva, M. T.
AU - Baptista, Carla
AU - Sousa, Jorge Pedro
N1 - UID/CCI/04667/2016
PY - 2019
Y1 - 2019
N2 - O dia 17 de junho de 2017 marca a data mais mortífera no que respeita a incêndios em Portugal: o fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, no concelho de Pedrógão Grande, na região de Leiria, rapidamente alastrou para localidades vizinhas, tendo provocado 64 mortos e mais de 250 feridos, nas 100 horas que decorreram até à sua extinção.
A cobertura jornalística da tragédia de Pedrógão Grande, pese embora trabalhos de grande qualidade que nesse âmbito foram produzidos, não saiu ilesa de críticas, pelas diversas situações que evocaram questionamentos a nível de preceitos éticos e deontológicos da profissão.
Neste capítulo, procuraremos reconstituir e refletir sobre dois casos em que o próprio jornalismo foi notícia, num momento em que a cobertura mediática ampliou, enquadrou e atribuiu significado a um acontecimento traumático (Pinto & Sousa, 2007) como a tragédia de Pedrógão Grande: a reportagem emitida pela TVI, que motivou a instauração de um procedimento disciplinar contra a jornalista Judite de Sousa e a abertura de um inquérito à estação de televisão, por parte da Comissão de Carteira Profissional de Jornalista e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, respetivamente; e, também, as manchetes dos jornais Expresso e i durante o mês de julho, que lançaram a suspeita de uma ocultação, por parte do governo, do número real de mortos na tragédia, num momento em que os rumores, as contradições e a utilização de fontes pouco credíveis ganharam visibilidade noticiosa.
AB - O dia 17 de junho de 2017 marca a data mais mortífera no que respeita a incêndios em Portugal: o fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, no concelho de Pedrógão Grande, na região de Leiria, rapidamente alastrou para localidades vizinhas, tendo provocado 64 mortos e mais de 250 feridos, nas 100 horas que decorreram até à sua extinção.
A cobertura jornalística da tragédia de Pedrógão Grande, pese embora trabalhos de grande qualidade que nesse âmbito foram produzidos, não saiu ilesa de críticas, pelas diversas situações que evocaram questionamentos a nível de preceitos éticos e deontológicos da profissão.
Neste capítulo, procuraremos reconstituir e refletir sobre dois casos em que o próprio jornalismo foi notícia, num momento em que a cobertura mediática ampliou, enquadrou e atribuiu significado a um acontecimento traumático (Pinto & Sousa, 2007) como a tragédia de Pedrógão Grande: a reportagem emitida pela TVI, que motivou a instauração de um procedimento disciplinar contra a jornalista Judite de Sousa e a abertura de um inquérito à estação de televisão, por parte da Comissão de Carteira Profissional de Jornalista e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, respetivamente; e, também, as manchetes dos jornais Expresso e i durante o mês de julho, que lançaram a suspeita de uma ocultação, por parte do governo, do número real de mortos na tragédia, num momento em que os rumores, as contradições e a utilização de fontes pouco credíveis ganharam visibilidade noticiosa.
M3 - Chapter
SN - 9788491805717
T3 - Atlántica
SP - 81
EP - 98
BT - Periodismo y desastres
A2 - Franz Amaral , Márcia
A2 - Lozano Ascencio, Carlos
PB - Editorial UOC
ER -