Abstract
De que modo a pandemia alterou a relação das crianças com os ecrãs em casa? Como é que os pais respondem, em termos de mediação, a tensões ou mesmo conflitos sobre essa utilização? As respostas são dadas por seis famílias com crianças até aos três anos que fazem parte do projeto Famílias iTec – um estudo longitudinal em curso que conta com a colaboração de 18 famílias com crianças de 0-8 anos, a viver em Portugal (n=16) e Inglaterra (n=2). Este capítulo parte de entrevistas realizadas com as famílias desde o início da pandemia e procura perceber as dinâmicas e tensões à volta dos ecrãs num contexto doméstico de confinamento. As seis famílias relacionam-se com os ecrãs de modo distinto e, por isso, os seus perfis refletem diferentes abordagens em termos de apropriação e mediação na paisagem doméstica. As suas vozes são marcadas pela exaustão – de confinamentos, de tempo de ecrã, de pressões. Uma marca deixada pela pandemia foi o ganhar de autonomia digital e de destreza tecnológica por parte das criança, a par com uma maior imersão dos ecrãs nas suas rotinas. Da parte dos pais, fica a incerteza de às vezes ser difícil perceber o que devem fazer. Embora não haja receituários infalíveis, há princípios que podem, no entanto, ajudar: equilibre as atividades online com as offline, reveja os seus próprios hábitos digitais de modo a moldar bons exemplos que perdurem no tempo.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | DIGIKIDS |
Subtitle of host publication | A Utilização de tecnologias touchscreen por crianças até aos 6 anos |
Editors | Patrícia Dias, Rita Brito |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing (CRC-W) |
Chapter | 3 |
Pages | 60-73 |
Number of pages | 13 |
ISBN (Electronic) | 978-989-54719-4-2 |
Publication status | Published - Mar 2021 |
Keywords
- Mediação parental
- Crianças
- Ecrãs digitais
- COVID-19
- Pesquisa longitudinal