É uma bolsa de início de carreira (Starting Grant) - João Conde entrou no iMM em 2017 - e pretende resolver o problema da falta de sistemas eficientes de administração dirigida de fármacos para o tratamento do cancro da mama. "A nanotecnologia tem tido um papel crescente no desenvolvimento de bio-nanomateriais para diagnóstico e terapia", salienta o investigador, "e neste projeto pretendemos desenvolver nano-hidrogéis com capacidade de administrar moléculas diretamente num tumor", o que permitirá mapear os diferentes tipos de células existentes e avaliar a sua resposta à terapia. "No fundo pretendemos criar uma plataforma que permita criar e ler uma espécie de código de barras de cada tumor", sublinha João Conde.
A nanotecnologia é a ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa escala atómica e molecular. Um nanómetro é igual a um milímetro dividido por um milhão. "O financiamento do ERC confirma a importância de compreender como as diferentes células do microambiente tumoral respondem a uma terapia, permitindo traçar o perfil de heterogeneidade do tumor em diferentes tipos de cancro da mama", explica o investigador.
João Conde é doutorado em Biologia, com especialidade em Nanobiologia, pela Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Saragoça. Depois de terminar o doutoramento obteve uma bolsa europeia Marie Curie para continuar os estudos no MIT (EUA) e na Queen Mary University of London.