O corpus de peças que estudámos nos últimos anos no âmbito da produção têxtil chinesa de exportação para o mercado português (entre os séculos XVI e XVIII) apresenta-se já suficientemente amplo, ao ponto de permitir o reconhecimento de múltiplas variantes entre os objectos. Com base nas suas características e por uma questão operativa agrupámos tais peças em dois núcleos, respectivamente, um composto por peças de cariz europeu e outro por peças de cariz chinês. Mas outras há que apresentam (ainda que de forma completamente variável entre si) diferenças assinaláveis tanto ao nível da sua execução como da sua concepção, que não só contrariam a homogeneidade de soluções observadas na generalidade das restantes obras sino-portuguesas como reforçam a sua distinção motivando a eleição de um terceiro núcleo, que até ao momento denominámos de influência.
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10 Oct 2018
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Os têxteis indianos e o império português: arte e contextos. Conferência de homenagem a Lotika Varadarajan