Como instituições pensadas e organizadas para defender a herança de Cristo e a Terra Santa, as ordens militares estavam bem-adaptadas aos combates campais, ao controlo de castelos, de itinerários e de territórios. Se eram assim uma presença regular nas paisagens da fronteira, primeiro na Terra Santa, depois noutros cenários, todas elas tinham sido fundadas em cidades (Jerusalém, Acre, Calatrava, Cáceres, Évora) e era nelas que se localizavam os seus conventos e as suas casas mais importantes. As cidades e a economia de troca destas tinham, de resto, um papel decisivo na estrutura destas instituições, sendo essenciais para reunir e para transferir os homens, os recursos e os dinheiros indispensáveis para manter o esforço de guerra nas fronteiras da Cristandade.