Description
As aparências iludem: no caso da língua egípcia, é comum encontrarmos frases e expressões que, parecendo simples à primeira vista, podem ser traduzidas de inúmeras formas. O que fazer quando nos deparamos com uma situação destas? A resposta é: considere-se o contexto. Tradicionalmente, o estudo da língua egípcia tende a separar os textos do seu suporte material, descontextualizando-os e, desta forma, tornando a sua interpretação e tradução muito mais difíceis. Ao considerarmos o texto em contexto, algo que se tem vindo a tornar cada vez mais comum nos últimos anos, é possível sugerir traduções mais adequadas a cada caso.Esta apresentação demonstra exactamente isso, através da análise de uma pequena frase inscrita na parede oeste do pátio da mastaba do funcionário Akhmerutnisut (V Dinastia, ca. 2300 a.C.), localizada no Cemitério Ocidental em Guiza (G 2184). Antes de propormos uma tradução baseada no contexto onde a frase está inserida, iremos discutir as interpretações de outros investigadores, que traduzem este texto de forma completamente diferente. De maneira a compreendermos a frase em questão, é imperativo considerarmos a iconografia que ela acompanha; simultaneamente, a iconografia torna-se mais clara com a compreensão do texto: arte e escrita estavam intimamente ligadas. Com este exemplo, pretendemos ainda demonstrar que os textos egípcios nunca devem ser separados do seu suporte material: leia-se sempre o texto em contexto.
Period | Jul 2021 |
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Event title | Ciclo de Palestras do Curso Avançado de Egípcio Clássico |
Event type | Seminar |
Location | BrazilShow on map |
Degree of Recognition | International |