O início da relação profissional do compositor Marcos Portugal com a Casa Real data de 1782, ano em que lhe foi encomendada uma Missa com instrumental destinada à festa de Santa Bárbara celebrada na Real Capela de Queluz. Com excepção do período italiano (Setembro de 1792 a meados de 1800), em que se dedicou quase exclusivamente ao género operático, as encomendas reais de música religiosa moldaram a sua vida profissional, e a relação com D. João VI chegou mesmo a influenciar o seu estilo. Os arquivos musicais com ligações à Casa Real reflectem esse facto: a produção religiosa de Marcos Portugal está amplamente representada nas bibliotecas do Palácio Nacional da Ajuda, do Palácio Nacional de Mafra e do Paço Ducal de Vila Viçosa.