A cor da Ópera no Brasil setecentista

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Description

Desde o princípio da atividade dos teatros públicos permanentes na América Portuguesa, que em poucos anos passariam a ser chamados de Casas da Ópera, a presença de artistas pretos e pardos era predominante. Pretos escravizados também eram direcionados à arte da música, formando orquestras e companhias de ópera, sobretudo no âmbito privado. Contudo, no contexto das Casas da Ópera públicas, os palcos por toda a América Portuguesa eram ocupados pelos corpos e vozes de homens e mulheres afrodescendentes e livres, que interpretavam textos de autores europeus traduzidos para o português e textos de autores autóctones, com música frequentemente escrita também por compositores de ascendência africana. Diversos motivos levaram os artistas afrodescendentes a se dedicarem às artes do espetáculo, mas nos chama a atenção o fato de que nos teatros públicos permanentes esses artistas não eram escravizados, mas sim trabalhadores pagos e contratados por temporadas inteiras. A presente artigo pretende abordar a questão da origem e a formação dos artistas das Casas da Ópera no Brasil setecentista, aportando novos documentos e interpretações sobre a condição de vida desses artistas, sua formação e inserção em uma sociedade tão fortemente marcada pelo escravismo.
Period5 Jun 2023
Event titleJornada Internacional Teatro e Escravismo: nexos, elipses e inadequações
Event typeConference
Conference number1
LocationSão Paulo, BrazilShow on map
Degree of RecognitionInternational